sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Natália do Valle no Teatro:
A Partilha



No pequeno Teatro Cândido Mendes, onde foi a estréia, o cenógrafo transforma rapidamente o ambiente de uma capela mortuária em um apartamento de Copacabana, onde se dá início ao conflito das irmãs.

O crítico Lionel Fischer comenta o trabalho da atriz que interpreta Selma: "Natália do Vale, cujo personagem é de uma frivolidade deliciosa, parece ter nascido para participar desta montagem, e talvez seu desempenho possa ser considerado como o melhor de toda a sua carreira em teatro".

A peça foi escrita por Miguel, depois de uma idéia que a atriz Natália do Vale deu a ele, quando os dois atuavam como irmãos na novela O Outro, onde também atuava Arlete Salles, outra atriz da montagem original.


Curiosidades:

A Partilha é uma peça escrita e dirigida por Miguel Falabella, em 1991, a peça ficou em cartaz por 6 (seis) anos. Chegando há cerca de 12 países.

Atrizes como Yoná Magalhães, Rosamaria Murtinho e Thaís de Campos chegaram a substítuir alguma vezes a do elenco original.

A peça fez tanto sucesso que Miguel Falabella escreveu em 2000, a continuação A vida passa.




A Vida Passa




Depois da peça A Partilha, Miguel Falabella escrever e dirigir a continuação da história, com o elenco original, formado por Arlete Salles, Natália do Valle, Suzana Vieira e Thereza Pfeifer.

A Vida Passa é mais melancólica do que A Partilha. Perspicaz observador da alma humana, Falabella atualiza com sensibilidade seu painel das frustrações e emoções da classe média brasileira. Daí a razão do estouro de A Partilha e da excelente receptividade que A Vida Passa já está tendo do público carioca, com sessões sempre lotadas.
No fim da peça, o público sai com os olhos marejados. Talvez por se identificar com a inércia de Selma perante a vida e o casamento fracassado. Talvez por se espelhar nas estratégias de Regina para sobreviver aos apertos financeiros e à solidão. Ou, quem sabe, por ver em Maria Lúcia um exemplo de mulher que sempre renova as esperanças de encontrar o verdadeiro amor, nem que seja num canal de bate-papo na Internet. A Vida Passa fala de vida real.